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Capa do Filme (Fonte: Internet) |
A rede social é um filme de drama, com duração de 117 minutos, direcionado por David Fincher. Ele conta a história da criação de uma das mais sensacionais redes sociais: o facebook. Em 2003, um aluno da faculdade de Harvard, senta na frente de seu computador e começa a trabalhar em uma nova idéia. Em seis anos, a idéia de Marck Zuckerberg o transforma num jovem bilionário. Esse sucesso traz complicações pessoais e legais.
No entanto, a REDE SOCIAL não é um filme sobre o Facebook, mais sobre esse jovem, que é um tanto quanto insociável, que usa o fora de sua namorada para criar o embrião para seu projeto. Ele escreve coisas lisonjeiras sobre a moça e cria um ranking das mais gostosas do campus. Nesse ato, ele consegue derrubar a rede da universidade, pela quantidade de acessos. Nisso, ele chama a atenção dos irmãos gêmeos que apresentam o oposto a ele. Os irmãos queriam fazer um programa de relacionamento fechado à elite da universidade. Nesse tempo, Zuckerberg recebe ações judiciais.
Seria impossível achar que este filme seria uma produção qualquer. O autor do filme volta o olhar para um estudo profundo de um personagem diante de uma situação que o pressiona contra a parede. O interessante é que “A rede social” não se importa em ter um ponto de chegada, o facebook está aí, valendo bilhões enquanto conecta o mundo. Por isso que o diretor e o roteirista estão ali, para mostrar que, como diz no cartaz, não se ganha quinhentos milhões de amigos sem fazer alguns inimigos. Talvez se simpático a trama fosse impossível de ser levada, já que assim, o espectador tomaria um lado e se deixaria levar demais por uma história que quer mais é importunar sua platéia.
Zuckerberg, do filme, é um rapaz nada sociável, o que o torna irônico ao sair dele o nascimento de um site de relacionamento, um mecanismo que agrega pessoas entre si, vindo talvez de uma carência emocional, mais que para o autor ainda é o resultado de um gênio, ferido pelo rompimento. Enquanto o facebook toma forma, o mesmo Zuckerberg comparece em uma reunião de conciliação com três alunos, que o acusam de ter se apropriado da idéia deles. O genial disso é poder ver toda trama se desenvolver ao mesmo tempo, o que possibilita que o espectador veja os “fins” e logo depois tenha o direito de procurar razões para aquela reviravolta nos “meios”. Por mais que o autor tente não fazer com que o protagonista seja um “herói”, dá a chance ao telespectador de resolver e acreditar ou não nas palavras do jovem. O protagonista é mau caráter e tenta fazer com que a platéia descubra isso ao longo do filme.
Ainda que provavelmente a Rede Social possa ser muito mais que uma dramatização da verdade, e que esse real seja até um pouco mais chato, tudo se transforma em um drama absorvente sobre amizade e caminhos a serem percorridos. Uma história sobre um cara que foi NERD, rejeitado que vem a ser milionário como num passe de mágicas, mais que precisa afirmar que não é um vilão.
Até por que, ali sozinho naquela sala, não há um babaca, nem um vilão debruçado sobre seu laptop, mas sim cara ainda a espera do perfil de sua ex-namorada aceitá-lo. Um herói trágico, sozinho, perdido em sua genialidade, que faz, mais ainda que “A Rede Social” seja uma pequena obra-prima que o cinema tem o prazer de nos dar.