quarta-feira, 22 de junho de 2011

Resenha do livro O Pequeno Príncipe

           Antonie de Sainty Exupery, filho de um conde e de uma condessa de Foscolombe, nasceu em 29 de Junho de 1900 e faleceu em 31 de Julho de 1944, vítima de um acidente de avião em uma missão de reconhecimento sobre Grenoble e Annecy. Seu corpo jamais foi encontrado. Além de piloto, foi ilustrador e escritor. Suas obras foram caracterizadas por elementos em comum, como a aviação e a guerra. O livro “O pequeno príncipe”, é seu romance de maior sucesso. Ele foi escrito durante o exílio nos Estados Unidos, um ano após sua morte no ano de 1944.
           Em primeira instância, o pequeno príncipe parece uma obra simples, porém só parece. É uma história profunda e contém todo o pensamento e a filosofia do autor. Os personagens são simbólicos: o rei, o príncipe, o contador, o geômetra (especialista em geometria), a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O autor se faz narrador da história, que começa com uma aventura vivida no deserto depois de uma pane no meio do Saara.
         O pequeno príncipe vivia sozinho em um planeta do tamanho de uma casa e tinha três vulcões: dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor de beleza grande e de igual orgulho. Esse orgulho que arruinou a tranqüilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viajem que o trouxe a terra. Aí encontrou diversos personagens, dos quais conseguiu descobrir o segredo do que é realmente importante na vida.
Numa manhã, o autor Saint Exupéry é acordado pelo Pequeno Príncipe que lhe pede: “Desenha-me um carneiro?”. A partir daí que começam os relatos e as fantasias de uma criança como as outras que questiona as coisas mais simples da vida com pureza e ingenuidade. Nesta viajem pela Galáxia conheceu uma série de personagens inusitados: o rei que pensava que todos eram seus súditos, apesar de não haver ninguém por perto; um homem de negócios que se dizia sério e ocupado, mas não tinha tempo para sonhar; um bêbado que bebia para esquecer a vergonha que sentia por beber; um geógrafo que se dizia sábio, mas não sabia nada da geografia do seu próprio país.
Assim, cada personagem mostra o quanto as pessoas grandes se preocupam com coisas inúteis e não dão valor às coisas que realmente importam. Isso se traduz por uma frase da raposa que diz: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”.
É uma obra que nos mostra uma profunda mudança de valores, que ensina como nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas que nos rodeiam e como esses julgamentos nos levam à solidão. Nós nos entregamos as nossas preocupações diárias, nos tornamos adultos e esquecemos a criança que fomos.  Antoine de Saint-Exupery via os adultos como pessoas incapazes de entender o sentido da vida, pois haviam deixado de ser a criança que um dia foram. Entendia que é difícil para os adultos compreender toda a sabedoria de uma criança.

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