segunda-feira, 21 de novembro de 2011

OS MEIOS E ENTREMEIOS DA FACULDADE DE JORNALISMO


O sonho de todo jovem é ingressar em uma instituição de ensino superior que os proporcione um aprendizado ímpar e que seja um espaço agradável, não só na estrutura das salas de aula como a universidade de modo geral. Uma instituição de ensino jornalístico, por exemplo, necessita de laboratórios, bem como de rádio, TV, planejamento gráfico, além de um acervo impecável de livros na biblioteca.        
O curso de Comunicação Social- Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso, campus de Alto Araguaia, existe desde o ano de 2006/1, devido a uma parceria entre a UNEMAT e a prefeitura, quando o docente Miltom Chicalé era coordenador político pedagógico do campus e o Gerônimo Samita Maia Neto prefeito da cidade. Ambos lançaram um projeto, que foi aprovado, presenteando – nos com esse curso, sendo que a demanda da cidade permitia esse recurso.
Além de moradores da cidade de Alto Araguaia, Santa Rita do Araguaia e cidades vizinhas, muitas pessoas de fora vieram para prestar o tão sonhado vestibular para Jornalismo. Sendo assim, a cidade recebeu e recebe hoje jovens de várias cidades do Brasil, incluindo as do Norte de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul.
Apesar da ansiedade de ser um curso novo na cidade, a primeira turma enfrentou dificuldades por conta da estrutura do campus: “Éramos carentes de livros na biblioteca, não tínhamos laboratórios, câmeras fotográficas e filmadora e nem a Agência Júnior de Jornalismo (Focagem). Portanto, de uma turma de 42 alunos, restaram apenas 11 na colação de graus”. Essas são palavras da ex- acadêmica agora Jornalista e funcionária da Supervisão de Apoio Acadêmico, no cargo de Assistente Administrativo, do campus Jakeliny Alves Moreira.
A ex - acadêmica Queila Carmo, que veio da cidade de Juara, norte do Mato Grosso e que concluiu o curso no ano de 2010, disse que a maior dificuldade que enfrentou enquanto acadêmica foi à falta de laboratórios e de incentivo para participação em congressos, simpósios, colóquio e à pesquisa. Ela que trabalha na área do Jornalismo desde o 2º ano da faculdade, diz que hoje a UNEMAT – Alto Araguaia está preparada para formar profissionais qualificados.
Já os acadêmicos ingressos no ano de 2011/1 estão empolgados em concluir e participar abertamente do que a faculdade hoje pode oferecer. O “calouro” Leandro Nogueira da Silva, 28 anos, disse: “Sei que não sou capaz de mudar o mundo, mas como jornalista posso dar a minha contribuição”. Ele disse ainda que o curso está respondendo às suas expectativas.
Isso porque o campus obteve aperfeiçoamento desde sua criação. Hoje ele conta com a Agência Júnior de Jornalismo (Focagem), câmeras fotográficas profissionais e câmera filmadora também profissional, laboratórios de rádio, TV, planejamento gráfico e a biblioteca oferece mais livros aos acadêmicos e docentes.
A também “caloura” Brenda Carvalho de Araújo, 17 anos, disse: “Sempre que assistia aos programas jornalísticos como Fantástico ou Jornal Hoje admirava a profissão de jornalista.” Além disso, o fato de gostar de ler e escrever incentivou ainda mais a acadêmica ao escolher o curso e completa: “Vejo no curso a chance de vivenciar a profissão jornalística”.
            O acadêmico Guilherme Lusting Júnior, biólogo, formado pela UNEMAT campus de Cáceres, afirma que se interessou pelo curso de jornalismo pelas disciplinas de fotografia, televisão e jornalismo ambiental. Ele disse: “Eu, por ser formado em Biologia poderia fazer apenas essas três disciplinas, mas como já havia assistido algumas aulas do semestre anterior (2010/2) decidi fazer todas, desde o primeiro semestre”.
Questionado sobre o que achava do curso ele disse: “O curso em Alto Araguaia não deixa a desejar a nenhum instituto de ensino superior na área da comunicação. Pela qualificação dos docentes e até mesmo a metodologia aplicada por eles. No caso da biblioteca tem que haver uma melhora”. Disse ainda que espera a realização de um projeto de pesquisa de âmbito pessoal, que é a filmagem de projetos de mestrado que são realizados em campo. A integração entre Biologia e Jornalismo através de filmagens.
Hoje o campus está mais preparado, porém ainda faltam algumas coisas a serem acrescentadas e mudadas. A atual diretora político pedagógica do campus, profª Edileusa Gimenes de Morales nos garantiu em entrevista que tem projetos para melhora da infra – estrutura dos departamentos, ampliação dos laboratórios com as instalações que o curso exige, além da obtenção mais equipamentos.
O ex – acadêmico e agora profº Cayron Henrique Fraga que ingressou na instituição em 2007/1 e egressou em 2010/2, e dá aula na disciplina de Estágio 2 e TCC 2, disse que sua maior dificuldade enquanto acadêmico foi à escassez dos laboratórios e a falta de equipamentos. Já hoje enquanto professor, ele atribui problemas a questões burocráticas e a falta de incentivo.
Apesar de toda dificuldade encontrada por parte dos acadêmicos e também dos professores, pode – se dizer que a UNEMAT está se superando cada dia mais. E como algumas autoridades disseram, ela e o curso de jornalismo estão como prioridades no seu mandato. Os alunos que egressaram, mesmo perante as dificuldades enfrentadas têm somente coisas boas a falar, principalmente pela qualificação dos professores. Já os que ingressaram agora, buscam crescer ainda mais como pessoa dentro da instituição e sair como ótimos profissionais.
Um exemplo disso são alguns ex – acadêmicos que estão ministrando disciplinas no próprio campus, como o Cayron Henrique, o Rogério Rodrigues (Jornalismo Digital I e II) e a Eliane Bernardes (Documentarismo).  Outros estão trabalhando como assessores, repórteres, redatores. Enfim, são profissionais diplomados que estão crescendo na carreira pelos esforços e que mesmo com dificuldades souberam aproveitar positivamente o tempo da faculdade.
“Ser jornalista é ser um protagonista social”. Isso quer dizer que o jornalista tem o poder de informar os fatos acontecidos no Brasil e no mundo por meio da palavra. É um profissional que busca notícias do dia – a – dia para dar ênfase à profissão. Como disse Elias Neto, editor – chefe e âncora do Jornal TVCA notícias, no seu livro “Do rádio ao telejornalismo: A trajetória de um aprendiz”: “quebrar paradigmas deve ser rotina na vida de um jornalista, jamais uma excessão. Essa quebra deve se realizar nos detalhes, idéias devem se renovar”. (pg. 121)

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