segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Resenha crítca do filme a rede social

Capa do Filme (Fonte: Internet)

            A rede social é um filme de drama, com duração de 117 minutos, direcionado por David Fincher. Ele conta a história da criação de uma das mais sensacionais redes sociais: o facebook. Em 2003, um aluno da faculdade de Harvard, senta na frente de seu computador e começa a trabalhar em uma nova idéia. Em seis anos, a idéia de Marck Zuckerberg o transforma num jovem bilionário. Esse sucesso traz complicações pessoais e legais.
            No entanto, a REDE SOCIAL não é um filme sobre o Facebook, mais sobre esse jovem, que é um tanto quanto insociável, que usa o fora de sua namorada para criar o embrião para seu projeto. Ele escreve coisas lisonjeiras sobre a moça e cria um ranking das mais gostosas do campus. Nesse ato, ele consegue derrubar a rede da universidade, pela quantidade de acessos. Nisso, ele chama a atenção dos irmãos gêmeos que apresentam o oposto a ele. Os irmãos queriam fazer um programa de relacionamento fechado à elite da universidade. Nesse tempo, Zuckerberg recebe ações judiciais.
            Seria impossível achar que este filme seria uma produção qualquer. O autor do filme volta o olhar para um estudo profundo de um personagem diante de uma situação que o pressiona contra a parede. O interessante é que “A rede social” não se importa em ter um ponto de chegada, o facebook está aí, valendo bilhões enquanto conecta o mundo. Por isso que o diretor e o roteirista estão ali, para mostrar que, como diz no cartaz, não se ganha quinhentos milhões de amigos sem fazer alguns inimigos. Talvez se simpático a trama fosse impossível de ser levada, já que assim, o espectador tomaria um lado e se deixaria levar demais por uma história que quer mais é importunar sua platéia.
            Zuckerberg, do filme, é um rapaz nada sociável, o que o torna irônico ao sair dele o nascimento de um site de relacionamento, um mecanismo que agrega pessoas entre si, vindo talvez de uma carência emocional, mais que para o autor ainda é o resultado de um gênio, ferido pelo rompimento. Enquanto o facebook toma forma, o mesmo Zuckerberg comparece em uma reunião de conciliação com três alunos, que o acusam de ter se apropriado da idéia deles. O genial disso é poder ver toda trama se desenvolver ao mesmo tempo, o que possibilita que o espectador veja os “fins” e logo depois tenha o direito de procurar razões para aquela reviravolta nos “meios”. Por mais que o autor tente não fazer com que o protagonista seja um “herói”, dá a chance ao telespectador de resolver e acreditar ou não nas palavras do jovem. O protagonista é mau caráter e tenta fazer com que a platéia descubra isso ao longo do filme.
            Ainda que provavelmente a Rede Social possa ser muito mais que uma dramatização da verdade, e que esse real seja até um pouco mais chato, tudo se transforma em um drama absorvente sobre amizade e caminhos a serem percorridos. Uma história sobre um cara que foi NERD, rejeitado que vem a ser milionário como num passe de mágicas, mais que precisa afirmar que não é um vilão.
            Até por que, ali sozinho naquela sala, não há um babaca, nem um vilão debruçado sobre seu laptop, mas sim cara ainda a espera do perfil de sua ex-namorada aceitá-lo. Um herói trágico, sozinho, perdido em sua genialidade, que faz, mais ainda que “A Rede Social” seja uma pequena obra-prima que o cinema tem o prazer de nos dar.

               


UNEMAT sem cantina


Foto: Larissa Forgerini
    A cantina do campus da Universidade do Estado de Mato Grosso de Alto Araguaia está de portas fechadas desde o início do segundo semestre de 2011, o que provocou certa polêmica nos corredores da instituição. Alguns alunos que trabalham no período diurno às vezes não conseguem passar em casa antes de seguir para os estudos e teriam a cantina do campus como uma forma de facilidade, seria um “quebra-galho".
    A diretora político-pedagógica do campus, Profª Drª Edileusa Gimenes Morales afirmou que existe uma licitação para reabertura da cantina, já que seus antigos donos não querem mais assumir tal compromisso com a instituição por já terem conseguido outro lugar para montar estabelecimento. Antes quem cuidava da cozinha era o Gesuíno Alves. Hoje ele toma conta do restaurante da rodoviária do município de Santa Rita do Araguaia. Já a última proprietária chama-se Silva Menegon, hoje dona de uma distribuidora de bebidas.
   Não se sabe ao certo quando será essa reabertura, mais ao que tudo indica, acontecerá somente no primeiro semestre de 2012. Também não se sabe ao certo quem vai cuidar dela, se vai continuar sendo terceirizada ou a universidade vai assumir tal responsabilidade e lucros, certamente.

Querer, acreditar e conseguir!


 
Odete Rodrigues Bispo, 35 anos, casada, mãe de três filhos, chegou a Alto Araguaia no ano de 1995 quando começou trabalhar como empregada doméstica na casa de pessoas bem conceituadas da cidade, sobrevivendo com um salário de 60 reais, equivalente a meio salário mínimo da época. Por ser uma pessoa bem humilde, não possuía estudos e por intermédio de amigos, resolveu fazer um mini-curso de cabeleireira. Passado algum tempo, conseguiu um emprego no Salão Atos, onde permaneceu durante quatro anos, ouvindo humilhações e por seguidas vezes, pensou em desistir da profissão.
            Com a notícia de que o proprietário do salão onde trabalhava iria embora, Odete, juntamente com sua colega de trabalho Bernadete, resolveram montar seu próprio negócio. O que parecia um sonho impossível pelas condições da época se tornou um grande empreendimento. Hoje as amigas têm um salão reconhecido na cidade, o “Tesoura de Ouro”, que há seis anos presta serviços não só ao público feminino, como ao masculino e infantil. Odete ganhou o prêmio “Destaque do Ano” de Alto Araguaia como melhor cabeleireira e o Salão Tesoura de Ouro, desde sua criação no dia 06 de Junho de 2005, vem ganhando este prêmio como melhor salão, por reconhecimento de seu trabalho e de suas companheiras.
            Odete, que não tinha casa para morar, hoje tem, além de uma moradia, o salão e o prédio ao lado, hoje alugado para uma lanchonete. Ela conta que teve uma ajuda muito grande por parte de seus clientes, em especial ao Doutor Sebastião, que a ajudou na compra de materiais, e a moto Biz que ela tinha conseguido comprar foi o pagamento do pedreiro. Ela finaliza dizendo: “Cada pedacinho do meu salão, tijolo por tijolo, são dos meus amigos, meus clientes. E hoje estamos aqui, firme e forte”.

OS MEIOS E ENTREMEIOS DA FACULDADE DE JORNALISMO


O sonho de todo jovem é ingressar em uma instituição de ensino superior que os proporcione um aprendizado ímpar e que seja um espaço agradável, não só na estrutura das salas de aula como a universidade de modo geral. Uma instituição de ensino jornalístico, por exemplo, necessita de laboratórios, bem como de rádio, TV, planejamento gráfico, além de um acervo impecável de livros na biblioteca.        
O curso de Comunicação Social- Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso, campus de Alto Araguaia, existe desde o ano de 2006/1, devido a uma parceria entre a UNEMAT e a prefeitura, quando o docente Miltom Chicalé era coordenador político pedagógico do campus e o Gerônimo Samita Maia Neto prefeito da cidade. Ambos lançaram um projeto, que foi aprovado, presenteando – nos com esse curso, sendo que a demanda da cidade permitia esse recurso.
Além de moradores da cidade de Alto Araguaia, Santa Rita do Araguaia e cidades vizinhas, muitas pessoas de fora vieram para prestar o tão sonhado vestibular para Jornalismo. Sendo assim, a cidade recebeu e recebe hoje jovens de várias cidades do Brasil, incluindo as do Norte de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul.
Apesar da ansiedade de ser um curso novo na cidade, a primeira turma enfrentou dificuldades por conta da estrutura do campus: “Éramos carentes de livros na biblioteca, não tínhamos laboratórios, câmeras fotográficas e filmadora e nem a Agência Júnior de Jornalismo (Focagem). Portanto, de uma turma de 42 alunos, restaram apenas 11 na colação de graus”. Essas são palavras da ex- acadêmica agora Jornalista e funcionária da Supervisão de Apoio Acadêmico, no cargo de Assistente Administrativo, do campus Jakeliny Alves Moreira.
A ex - acadêmica Queila Carmo, que veio da cidade de Juara, norte do Mato Grosso e que concluiu o curso no ano de 2010, disse que a maior dificuldade que enfrentou enquanto acadêmica foi à falta de laboratórios e de incentivo para participação em congressos, simpósios, colóquio e à pesquisa. Ela que trabalha na área do Jornalismo desde o 2º ano da faculdade, diz que hoje a UNEMAT – Alto Araguaia está preparada para formar profissionais qualificados.
Já os acadêmicos ingressos no ano de 2011/1 estão empolgados em concluir e participar abertamente do que a faculdade hoje pode oferecer. O “calouro” Leandro Nogueira da Silva, 28 anos, disse: “Sei que não sou capaz de mudar o mundo, mas como jornalista posso dar a minha contribuição”. Ele disse ainda que o curso está respondendo às suas expectativas.
Isso porque o campus obteve aperfeiçoamento desde sua criação. Hoje ele conta com a Agência Júnior de Jornalismo (Focagem), câmeras fotográficas profissionais e câmera filmadora também profissional, laboratórios de rádio, TV, planejamento gráfico e a biblioteca oferece mais livros aos acadêmicos e docentes.
A também “caloura” Brenda Carvalho de Araújo, 17 anos, disse: “Sempre que assistia aos programas jornalísticos como Fantástico ou Jornal Hoje admirava a profissão de jornalista.” Além disso, o fato de gostar de ler e escrever incentivou ainda mais a acadêmica ao escolher o curso e completa: “Vejo no curso a chance de vivenciar a profissão jornalística”.
            O acadêmico Guilherme Lusting Júnior, biólogo, formado pela UNEMAT campus de Cáceres, afirma que se interessou pelo curso de jornalismo pelas disciplinas de fotografia, televisão e jornalismo ambiental. Ele disse: “Eu, por ser formado em Biologia poderia fazer apenas essas três disciplinas, mas como já havia assistido algumas aulas do semestre anterior (2010/2) decidi fazer todas, desde o primeiro semestre”.
Questionado sobre o que achava do curso ele disse: “O curso em Alto Araguaia não deixa a desejar a nenhum instituto de ensino superior na área da comunicação. Pela qualificação dos docentes e até mesmo a metodologia aplicada por eles. No caso da biblioteca tem que haver uma melhora”. Disse ainda que espera a realização de um projeto de pesquisa de âmbito pessoal, que é a filmagem de projetos de mestrado que são realizados em campo. A integração entre Biologia e Jornalismo através de filmagens.
Hoje o campus está mais preparado, porém ainda faltam algumas coisas a serem acrescentadas e mudadas. A atual diretora político pedagógica do campus, profª Edileusa Gimenes de Morales nos garantiu em entrevista que tem projetos para melhora da infra – estrutura dos departamentos, ampliação dos laboratórios com as instalações que o curso exige, além da obtenção mais equipamentos.
O ex – acadêmico e agora profº Cayron Henrique Fraga que ingressou na instituição em 2007/1 e egressou em 2010/2, e dá aula na disciplina de Estágio 2 e TCC 2, disse que sua maior dificuldade enquanto acadêmico foi à escassez dos laboratórios e a falta de equipamentos. Já hoje enquanto professor, ele atribui problemas a questões burocráticas e a falta de incentivo.
Apesar de toda dificuldade encontrada por parte dos acadêmicos e também dos professores, pode – se dizer que a UNEMAT está se superando cada dia mais. E como algumas autoridades disseram, ela e o curso de jornalismo estão como prioridades no seu mandato. Os alunos que egressaram, mesmo perante as dificuldades enfrentadas têm somente coisas boas a falar, principalmente pela qualificação dos professores. Já os que ingressaram agora, buscam crescer ainda mais como pessoa dentro da instituição e sair como ótimos profissionais.
Um exemplo disso são alguns ex – acadêmicos que estão ministrando disciplinas no próprio campus, como o Cayron Henrique, o Rogério Rodrigues (Jornalismo Digital I e II) e a Eliane Bernardes (Documentarismo).  Outros estão trabalhando como assessores, repórteres, redatores. Enfim, são profissionais diplomados que estão crescendo na carreira pelos esforços e que mesmo com dificuldades souberam aproveitar positivamente o tempo da faculdade.
“Ser jornalista é ser um protagonista social”. Isso quer dizer que o jornalista tem o poder de informar os fatos acontecidos no Brasil e no mundo por meio da palavra. É um profissional que busca notícias do dia – a – dia para dar ênfase à profissão. Como disse Elias Neto, editor – chefe e âncora do Jornal TVCA notícias, no seu livro “Do rádio ao telejornalismo: A trajetória de um aprendiz”: “quebrar paradigmas deve ser rotina na vida de um jornalista, jamais uma excessão. Essa quebra deve se realizar nos detalhes, idéias devem se renovar”. (pg. 121)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Importância de Controle do Discurso

Jornalista Rafael Bastos
   A frase: "Eu comeria ela e o bebê", pronunciada pelo Jornalista Rafael Bastos do programa CQC, chocou e vem causando imensa polêmica na mídia e desagradou aos telespectadores do programa e também os fãs da cantora Wanessa Camargo, vítima da ofensa.
   Esse comentário infeliz e até mesmo maldoso, resultou na demissão do jornalista, que também corre sério risco de ser processado pelo empresário Marcus Buaiz, marido da cantora.
    Neste contexto, ressalto a importância do controle do discurso. Uma frase impensada, dita no lugar errado, na hora errada e perante a mídia televisiva, causou uma bola de neve e a perca do cargo e da credibilidade do profissional. Foucault adverte no livro: A ordem do discurso, que há mecanismos de controle do que se fala, porque mesmo que inconsciente, somos responsáveis pelo nosso discurso.
    No meio Jornalístico é necessário ter esse cuidado, pois é um erro que dificilmente pode ser reparado, principalmente por ser tratar de uma emissora bem conceituada e de um programa de grande audiencia.