Na noite desta quarta-feira, 18, o anfiteatro da Universidade do Estado de Mato Grosso, reuniu além dos acadêmicos, professores e convidados no pré-lançamento do mais novo meio de informação da cidade, o Jornal Impresso Correio Araguaiense. Na ocasião, a jornalista responsável, Queila Carmo, introduziu aos presentes como o mesmo será trabalhado na cidade.
"O jornal Correio Araguaiense terá suas edições quinzenais, em formato tablóide Europeu e serão oito páginas, sendo quatro coloridas. As duas primeiras edições, com 3.000 tiragens serão distribuidas gratuitamente em vários pontos da cidade. É totalmente imparcial, sendo isento de partidos políticos e obedecendo a ética jornalística", disse. A jornalista contou aos presentes que as maiores dificuldades encontradas foram a falta de equipamentos profissionais, as fontes, que muitas vezes forneciam informações inverídicas, a falta de transporte e algumas propostas de caráter indevido por parte de algumas pessoas.
A ocasião foi propícia à um debate acerca dos desafios da produção jornalística local, onde comporam a mesa o Prof° Mestre Antônio Sardinha, a Profª Mestre Marli Barboza, além dos jornalistas Ivon Ribeiro, Queila Carmo e Camila Moreira. Apontamentos interessantes foram expostos pela mesa, já que uma questão vem assolando algumas pessoas que trabalham na área da comunicação: o fim do jornal impresso. O jornalista Ivon Ribeiro que por muito tempo trabalhou com impresso na cidade e hoje cuida de um jornal online, afirmou que foi obrigado a abdicar do mesmo pelos custos, dificuldades e matérias e disse ainda que é fã do "velho fusquinha", ou seja, do jornal impresso, mas teve que abrir mão dele porque não conseguia mais capital para investir e continuar rodando.
Uma questão importante colocada pelo Prof° Mestre Antônio Sardinha, é que devemos ser preparados para o que acontece na nossa cidade. Disse ainda que muitos sabem o que acontece no mundo inteiro mas não tem conhecimento do que acontece em sua própria cidade. Denominou isso de "ignorância local", dizendo ainda que os jornais impressos sobreviverão sim, desde que haja profissionais competentes para assumi-lo, trazendo informações coerentes e de interesse da população. Segundo ele, cada meio cumpre um papel diferente na distribuição de informação. Finalizou dizendo que o jornalista deve preocupar-se com os leitores e não com a "elite formadora de opinião".
A acadêmica Najla Daniele, do 6° semestre de Comunicação Social disse em entrevista que o debate foi de extrema importância aos acadêmicos, já que os proporcionou uma visão mais ampla acerca dos meios de informação locais. Disse ainda que está aprendendo sobre o "novo jornalismo", ou seja o modelo impresso trabalhando junto ao online. Por fim, disse que acredita que o jornal impresso possa ser extinto, mais isso será a longo prazo.
Já o acadêmico do 8° semestre, Marcos Cardial, hoje assessor de imprensa da América Latina Logística, disse que vive uma realidade diferente, por vir da prática à teoria. Ele que sempre trabalhou na área da comunicação e busca hoje a formação jornalística, defende o impresso e acredita que ele deve se unir a internet para se divulgar, porque o leitor conduz ao investimento. "A boa leitura conduz a leitores e são eles que trazem investimentos", finaliza.
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