Nos próximos dias 23, 24, 25 e 26 de Maio, o
departamento de Comunicação Social da UNEMAT, campus de Alto Araguaia, estará
promovendo o VI Colóquio de jornalismo que será realizado no anfiteatro da
universidade.
O tema Desafios do Jornalismo na Cobertura de
Conflitos Contemporâneos vem ao encontro da urgente necessidade em repensar o
que é o fazer jornalismo na atualidade, considerando aspectos técnicos e éticos
que envolvem a profissão.
O evento conta com a participação especial do
Professor Rozinaldo Miani e dos Jornalistas Theo Menezes, Keka Werneck e Márcio
Camilo. Além dos professores do campus local, Eduardo Medeiros, Iuri Barbosa,
Marli Barbosa, Vladimir Santafé, Antônio Sardinha, entre outros.
Serão ainda realizadas nos períodos matutino e
vespertino, as oficinas práticas para o aprendizado de Comunicação Alternativa
– Zine, Práticas de Redação e Reportagem e Produção de Documentários.
A reunião tem como fim estimular a troca de
experiências entre participantes, conduzindo-os à reflexão somada ao
crescimento profissional e pessoal de cada indivíduo. Os detalhes da informação
podem ser obtidos através do organizador geral, professor Ms. Antônio Sardinha
(66) 8141 0053 e com o professor Iuri Barbosa (65) 9201 0336.
Com o
objetivo de dar satisfação aos alunos acerca da saída ou não do curso de
Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso, campus de Alto Araguaia,
uma reunião no último dia 16, chamou a atenção dos mesmos. O momento foi
propício para os acadêmicos apresentarem suas ideias e questionarem o “porque”
da mudança do curso para Rondonópolis.
Segundo o professor Romir Conde, o curso não é viável
em Alto Araguaia por que não há campo de estágio na cidade, o campus apresenta
uma falta de estrutura para o curso, além da baixa demanda de alunos inscritos
no vestibular e até mesmo o alto custo de vida da cidade. Disse ainda que
participou de uma reunião em Cuiabá, onde o Tribunal de Contas do estado disse
ser inadmissível tantos gastos para formar poucos alunos. Afirmou ainda que o
Conselho Estadual de Educação questionou em bom tom que não sabia o porquê que
a faculdade em Alto Araguaia ainda existia.
Alguns professores preferem que o curso mude para
Cáceres, outros querem Tangará da Serra, mas possivelmente ele será instalado
em Rondonópolis. Isso porque a cidade fica próxima a Alto Araguaia e não
precisaria mudar o corpo docente. Além do mais, Rondonópolis possui um amplo
campo para estágio. Conde afirma: “Vamos para onde tiver a melhor chance do
curso se desenvolver”.
Essa notícia entristeceu a maioria dos acadêmicos, já
que grande parte veio de fora na busca pela formação em jornalismo. João José
Alencar, que no final do ano termina a faculdade disse: “A UNEMAT está usando o
mesmo discurso que trouxe o curso para Alto Araguaia para levar embora”.
O vestibular 2012\2 será o último para o curso em
Alto Araguaia. Será feita uma nova proposta, que ao invés de 40 vagas diminuirão
para 30. Sendo assim, a concorrência vai aumentar.
O atual Código Florestal Brasileiro foi
imposto no ano de 1965, época de início do Regime Militar. Naquela época nada
ou quase nada existia em pesquisas sobre a agricultura tropical. Portanto, o
documento foi baseado em informações das práticas agrícolas do chamado primeiro
mundo, que usava intensamente os recursos naturais sem preocupação de
preservação e ações preservacionistas. O conceito era: o que é bom para os
Estados Unidos e Europa, é bom para o Brasil.
Na
prática, qualquer estudante colegial sabe que as coisas não são bem assim. Cada
território tem suas especificidades. O Brasil possui insolação anual superior a
3.000 horas, enquanto os países do hemisfério norte têm apenas cerca de 70%
desta energia.
Além
disso, nosso regime hídrico é altamente favorável à atividade agropecuária, com
períodos de chuva e de seca bem definidos. Temos ainda águas subterrâneas e
superficiais em plena condição de uso para consumo humano e irrigação.
Ao longo deste mais de 45 anos de
existência, o Código Florestal recebeu mais de uma centena de modificações, bem
como foi motivo de excreções públicas pelos maus ambientalistas, agricultores
inconsequentes e políticos que se aproveitaram da situação.
E
o tempo foi passando. Nossas necessidades foram sendo alteradas. A consequência
pode ser notada num estudo publicado recentemente pela Embrapa Monitoramento
por Satélite que afirma que se aplicarmos todos os dispositivos das legislações
vigentes, não haverá mais áreas para a prática agropecuária no país. Ou seja, o
Brasil não poderá ampliar sua área produtiva para grãos, biomassa, frutas,
carnes, etc. Além disso, com base no estudo, a área existente hoje para a
atividade, seria reduzida de 15 a 20%.
É
por tudo isso que devemos defender uma produção tecnificada, com o uso
expressivo das boas práticas, com ênfase no respeito às futuras gerações,
formação de renda, geração de oportunidades e lucratividade. Trata-se do tão
almejado desenvolvimento sustentável.
A
título de ilustração, a sociedade não contempla a construção de uma casa sem
orientação do engenheiro civil ou do arquiteto. A medicina não acontece sem a
presença do médico e os tribunais não funcionam sem um advogado. Portanto, a
produção de alimentos e energia - algo vital ao ser humano - também deve ser
orientada pelos profissionais competentes, com base no uso e capacidade do
solo, boas práticas agropecuárias, uso correto e seguro dos defensivos
agrícolas.
Entendemos
que alocar 30 metros de mata ciliar para um curso d’água, é no mínimo,
irresponsabilidade. Somente um estudo “in loco” poderia dizer a
verdadeira necessidade. A prática agrícola em áreas superiores a 1.800 metros
de altitude também é perfeitamente possível nas terras brasileiras, desde que
com a correta orientação técnica. Enfim, toda atividade agropecuária ou não,
deve ser acompanhada de uma orientação de profissionais capacitados.
Precisamos
lutar para que o Novo Código Florestal valorize o desenvolvimento baseado na
educação e boas práticas. Para isso, é preciso propor uma ação inovadora,
sustentada e eficaz, baseada na comunicação com a sociedade e numa relação de
saber falar e saber ouvir - que por sua vez é fundamental para o sucesso de
qualquer empreendimento. É, como se diz no interior, “galinha que não cacareja
vai para a panela!”.
A Universidade do Estado de Mato Grosso realizará nos dias 23, 24, 25
e 26 o VI Colóquio de Jornalismo, que tem como tema: “Desafios do
Jornalismo na Cobertura de Conflitos Sociais Contemporâneos”. Como todos os
anos, serão realizadas oficinas e palestras no campus, para os acadêmicos,
doscentes e convidados.
Este ano o Colóquio conta com uma novidade, o
Festival de Um Minuto. Ele será dirigido à todos os alunos, dos três cursos e
também aos funcionários da Universidade. Cada candidato poderá mandar dois
vídeos, gravados em qualquer tipo de dispositivo: celular, webcan, máquina
digital, etc. O evento tem como objetivo estimular a criatividade dos alunos e
os estimular na produção cinematográfica, além de colocar em prática os
ensinamentos de sala de aula nas disciplinas de documentarismo e
telejornalismo.
As incrições serão gratuitas até o dia 21 de maio e
devem ser entregues em CD ou DVD nos formatos wmv/avi/mp4 nas mãos dos
professores responsáveis pelo evento. Caso ocorra do material estar em “péssimas
condições” os candidatos terão até o dia 23 de maio para fazer as devidas
correções.
O vídeo deve ter duração de um minuto, com
tolerância de 30 segundos para mais ou 10 segundos para menos. O tema é livre,
ficticio ou não, isso fica a critério do participante. Não será permitido
imagens sensuais ou que difamem ou caluniem outras pessoas. A seleção dos
trabalhos vão ser feitas pelos professores Eduardo Medeiros e Iuri Barbosa, no
departamento de Jornalismo da instituição. A comissão vai avaliar os critérios
de: criatividade, originalidade e aproveitamento da técnica utilizada.
A
acadêmica Mariana Bouvier, do 1° semestre de Comunicação Social disse estar
animada pra o Colóquio e disse ainda: “Adorei a idéia deste festival, agora é a
chance de nós academicos arrebentarmos e mostrarmos nosso talento”.
Na noite desta quarta-feira, 18, o anfiteatro da Universidade do Estado de Mato Grosso, reuniu além dos acadêmicos, professores e convidados no pré-lançamento do mais novo meio de informação da cidade, o Jornal Impresso Correio Araguaiense. Na ocasião, a jornalista responsável, Queila Carmo, introduziu aos presentes como o mesmo será trabalhado na cidade.
"O jornal Correio Araguaiense terá suas edições quinzenais, em formato tablóide Europeu e serão oito páginas, sendo quatro coloridas. As duas primeiras edições, com 3.000 tiragens serão distribuidas gratuitamente em vários pontos da cidade. É totalmente imparcial, sendo isento de partidos políticos e obedecendo a ética jornalística", disse. A jornalista contou aos presentes que as maiores dificuldades encontradas foram a falta de equipamentos profissionais, as fontes, que muitas vezes forneciam informações inverídicas, a falta de transporte e algumas propostas de caráter indevido por parte de algumas pessoas.
A ocasião foi propícia à um debate acerca dos desafios da produção jornalística local, onde comporam a mesa o Prof° Mestre Antônio Sardinha, a Profª Mestre Marli Barboza, além dos jornalistas Ivon Ribeiro, Queila Carmo e Camila Moreira. Apontamentos interessantes foram expostos pela mesa, já que uma questão vem assolando algumas pessoas que trabalham na área da comunicação: o fim do jornal impresso. O jornalista Ivon Ribeiro que por muito tempo trabalhou com impresso na cidade e hoje cuida de um jornal online, afirmou que foi obrigado a abdicar do mesmo pelos custos, dificuldades e matérias e disse ainda que é fã do "velho fusquinha", ou seja, do jornal impresso, mas teve que abrir mão dele porque não conseguia mais capital para investir e continuar rodando.
Uma questão importante colocada pelo Prof° Mestre Antônio Sardinha, é que devemos ser preparados para o que acontece na nossa cidade. Disse ainda que muitos sabem o que acontece no mundo inteiro mas não tem conhecimento do que acontece em sua própria cidade. Denominou isso de "ignorância local", dizendo ainda que os jornais impressos sobreviverão sim, desde que haja profissionais competentes para assumi-lo, trazendo informações coerentes e de interesse da população. Segundo ele, cada meio cumpre um papel diferente na distribuição de informação. Finalizou dizendo que o jornalista deve preocupar-se com os leitores e não com a "elite formadora de opinião".
A acadêmica Najla Daniele, do 6° semestre de Comunicação Social disse em entrevista que o debate foi de extrema importância aos acadêmicos, já que os proporcionou uma visão mais ampla acerca dos meios de informação locais. Disse ainda que está aprendendo sobre o "novo jornalismo", ou seja o modelo impresso trabalhando junto ao online. Por fim, disse que acredita que o jornal impresso possa ser extinto, mais isso será a longo prazo.
Já o acadêmico do 8° semestre, Marcos Cardial, hoje assessor de imprensa da América Latina Logística, disse que vive uma realidade diferente, por vir da prática à teoria. Ele que sempre trabalhou na área da comunicação e busca hoje a formação jornalística, defende o impresso e acredita que ele deve se unir a internet para se divulgar, porque o leitor conduz ao investimento. "A boa leitura conduz a leitores e são eles que trazem investimentos", finaliza.